A pele é um órgão que possui uma elevada sensibilidade ao processo de
envelhecimento manifestando-o por meio de alterações na sua textura, espessura,
coloração e funcionalidade.
Para uma melhor compreensão das ideias propostas neste texto julgo como
válido introduzir algumas noções basilares concernentes à estrutura da pele do
ponto de vista histológico e anatômico.
A pele é composta por uma porção de tecido epitelial denominada epiderme
(de origem embrionária ectodérmica) e mais profundamente por uma porção de
tecido conjuntivo denominada derme (de origem embrionária mesodérmica).
A derme abriga células denominadas fibroblastos cuja função precípua
consiste na produção de colágeno e elastina, duas moléculas de farta importância
estrutural e cuja degradação (sobretudo por radicais livres) é um dos
principais fatores para a geração do estado desgastado da pele envelhecida.
Dentre as características presentes em uma pele senil pode-se citar a
flacidez, decorrente da perda de elasticidade e firmeza, perda de espessura da
epiderme, decorrente de uma diminuição da atividade dos fibroblastos, perda de hidratação
decorrente do desgaste das glândulas sebáceas e diminuição no numero de folículos
pilosos.
Há dois principais eixos de
abordagem do processo de envelhecimento da pele: o genético e o estocástico.
- Pela abordagem genética compreende-se que o processo de envelhecimento da pele é algo natural e os constantes processos bioquímicos regidos pelo DNA conduzem a ele.A teoria dos telômeros figura nesse eixo de abordagem ao afirmar que os cromossomos possuem em sua extremidade uma porção de DNA não codificante denominada telômero cujo tamanho diminui a cada replicação do DNA, de tal sorte que se chega a um ponto em que a divisão celular gera estruturas celulares não funcionais.
- Do ponto de vista estocástico entende-se o envelhecimento como um processo a mercê de fatores ambientais, muitos dos quais passíveis de controle por parte do indivíduo (tais como estresse, fumo, má alimentação e sedentarismo).A teoria dos radicais livres, que é o foco a ser explorado por parte deste texto, situa-se nessa última forma de abordagem sendo uma das mais bem acolhidas dentro da comunidade científica.
Como já exposto inúmeras vezes aqui neste blog,
os radicais livres são produzidos de forma natural pelo organismo, não
obstante, pode haver uma produção exacerbada dos mesmos em função de fatores
externos gerando um fenômeno conhecido como estresse oxidativo. No
caso da pele, a radiação ultravioleta é o principal fator de indução do
estresse oxidativo, haja vista que a radiação é capaz de produzir um fenômeno
denominado fissão homolítica.
A fissão homolítica consiste na interação de moléculas presentes nos tecidos componentes da pele com radiações eletromagnéticas de tal sorte que haja um rompimento de ligações covalentes gerando duas novas estruturas cada qual com um elétron não pareado oriundo da fragmentação do composto original, ou seja, geram-se dois radicais livres.
A fissão homolítica consiste na interação de moléculas presentes nos tecidos componentes da pele com radiações eletromagnéticas de tal sorte que haja um rompimento de ligações covalentes gerando duas novas estruturas cada qual com um elétron não pareado oriundo da fragmentação do composto original, ou seja, geram-se dois radicais livres.
Os radicais livres gerados de forma endógena e por processos extrínsecos
geram a degradação de proteínas como o colágeno e a elastina além de outras
estruturas que são de suma importância na composição da pele, dentre as quais se
podem citar as membranas lipídicas das células, que perdem sua fluidez devido à
peroxidação lipídica (tema que futuramente será abordado neste blog), e as mitocôndrias,
que tendem a prover uma menor quantidade de energia (ATP) causando assim
transtornos para uma série de vias metabólicas que são de suma importância para
a manutenção da célula.
Em síntese, pode-se afirmar que a teoria dos radicais livres postula que o acúmulo gradual de danos irreversíveis às macromoléculas presente na pele, gerada pela alta reatividade dos radicais livres, é o principal fator do envelhecimento cutâneo.
A cosmetologia, ramo da farmácia responsável pela produção de cosméticos, tem uma intensa atividade de pesquisa no sentido de combater a pressão oxidativa sobre a pele por meio de antioxidantes e assim garantir a manutenção de uma pele mais jovial por mais tempo.
Em síntese, pode-se afirmar que a teoria dos radicais livres postula que o acúmulo gradual de danos irreversíveis às macromoléculas presente na pele, gerada pela alta reatividade dos radicais livres, é o principal fator do envelhecimento cutâneo.
A cosmetologia, ramo da farmácia responsável pela produção de cosméticos, tem uma intensa atividade de pesquisa no sentido de combater a pressão oxidativa sobre a pele por meio de antioxidantes e assim garantir a manutenção de uma pele mais jovial por mais tempo.
Fontes:
http://www.latamjpharm.org/trabajos/23/3/LAJOP_23_3_6_1_7IT93QRE42.pdf
http://www.chamamed.com/homeclinic/index.php?option=com_k2&view=item&id=107:envelhecimento-cutaneo&catid=27&Itemid=223
http://www.uninga.br/uploads/f1b5c1c8842748ba9eef40e1aa5f485a.pdf
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