domingo, 16 de setembro de 2012

Radicais Livres e as Gorduras

Em uma matéria do mês de junho, a revista Veja (Edição 2275, pags 94 à 100) publicou uma matéria desmistificando o lado vilão da gordura de um modo geral, mostrando que esta também é essencial para o bom funcionamento do organismo ( claro, respeitando as doses recomendadas), tudo isso tendo como base artigos científicos da duas últimas décadas.

Uma das mudanças mostradas é de que a Gordura Saturada essencialmente só causa malefícios. Ela apresenta como benefícios a participação no armazenamento das vitaminas A,D,E e K e integra a membrana das células. A outra seria a de que a Gordura Insaturada só traz benefícios, essa, porém, pode causar o aumento do colesterol ruim e/ou levar à obesidade se consumida em excesso.




A matéria por ser voltada para o público de uma forma mais ampla, não abrange de forma tão científica o tema, mas consegue explicar muito bem, de forma superficial, possibilitando seu fácil entendimento por qualquer pessoa.


As gorduras foram classificadas em 4 grupos: Saturadas, Poli-insaturas, Monoinsaturadas, e Trans. Sendo as saturadas subdivididas em 4 sub-grupos:  Láuricas, Mirísticas, a Palmítica e a Oleica, sendo respectivamente da mais perigosa para a menos perigosa, se consumida em excesso, segundo a revista.

Mas porque consideraram a Láurica tão perigosa? Pelo fato de aumentar o número de obstruções nas artérias em decorrência do aumento do colesterol ruim (LDL).


Até aí tudo bem, mas onde entram os Radicais Livres nessa história?










Eles reagem com o colesterol ruim (Low Density Lipoproteins ou LDLpresente na corrente sanguínea. Os Macrófagos (células do Sistema Imunológico) são atraídos por essas lipoproteínas oxidadas e fagocitam as mesmas quantas vezes forem necessárias, porém, quando eles são requisitados para reparar algum eventual dano na parede dos vasos, podem acabar sofrendo lise (ruptura da membrana) e espalhando todo o seu conteúdo "gorduroso" na lesão. Isso faz com que novos macrófagos sejam atraídos para a região. Esse processo pode culminar numa aterosclerose ( impedimento do fluxo sanguíneo) devido a um depósito gradual de colesterol que acaba por formar placas de ateroma.






Importante salientar também que os macrófagos liberam radicais superóxidos, peróxidos de hidrogênio e enzimas hidrolíticas quando ativados , isso danifica células vizinhas e acabam por, nos vasos sanguíneos, estimular um espessamento do músculo liso subendotelial, o que acentuará o processo de formação da aterosclerose.

Ficou difícil de visualizar? Então esse vídeo te auxiliará nessa jornada =D







Fontes: Tratado de Medicina CadiovascularInfoEscola,


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